As pequenas faíscas das estrelas

Somos pequenas faíscas das estrelas, que perambulam aqui na terra, nesse imenso planeta colorido de paisagens e recursos impressionantes que nos dão sustentação, e todas as coisas... pois elas estão aqui na terra, da terra que brota os alimentos, da terra que brota as secas e da terra que brota a bravura dos terremotos, da terra que brota a água, praticamente toda origem de nós vem da terra que nos dá de beber, nos dá de pisar, nos dá pra plantar e produzir, nos dá para conquistar e enfrentar as adversidades, nos dá o que somos e o que nos complementa e as chacoalhações dos terremos para que não possamos parar, a terra viva em nós e nós vivos como faíscas esfriadas na terra. 

Estrela cadente esfriada, lugar onde o divino e o lúgrebe se misturam, as crenças e os valores, os desejos a eclodir fazendo a vida pulsar, nas vibrantes e ideológicas construções, nas obras monumentais e na arte. Os interesses misturam-se, os valores são somados, um pouco das faíscas das estrelas que restaram estão a brilhar, movidas a desejos... energia... o combustível de sonhos dos seres mortais, dos seres que levam formas e dos seres que voltam pro pó.

Fica o curto tempo, a cadencia, chama que consome-se, e seu curto e efêmero espaço entre o nascer e o morrer, acender e apagar na eterna escuridão, o curto tempo da criação, da euforia, do deslumbre, de criatividade, de seres que lutam, lutam para se manter acesos, lutando pra sobreviver das forças incontroláveis da natureza, do pulsar da inquietude, a pulsar, a pulsar, as forças que conduzem a genialidade do universo.