O melhor que pode ser

Aprender é sem dúvida umas das tarefas mais essenciais ou talvez a única essencial na vida, por que mesmo ausente ou ligado a razão ou as circunstancias, estamos inevitavelmente aprendendo. Vivenciar é ao mesmo tempo aprender e nenhuma forma viva deixa de consumir ensinamentos, desde os seres mais simples, há alguma forma de inteligencia em tudo, pois a vida é uma imensa bolha dotada de inteligencia. Bolhas que vão se formando em seus movimentos de inteligencia, explosões que vão se desfragmentando e formando novas formas de vida, a vida por si só é inteligencia.

As adaptações são formas de inteligencia para a sobrevivência, a disputa aguçada pelos instintos também são formas de inteligencia para manter o organismo vivo, nada é em vão vivo no mundo, nada é em vão que sobrevive no mundo. Lobos e serpentes lutam por espaço nas silenciosas e longínquas montanhas, feras com seus sentidos aguçados caçam outros seres para se alimentar, seres humanos famintos por reconhecimento a todo instante, a lutar para impor sonhos e idéias perante outros e assim o grande organismo social se movimenta, assim como o organismo vital da natureza com a fúria das águas, a velocidade dos ventos e o calor dos vulcões agitam todos as formas de vida.

Tudo há inteligencia de alguma forma, nos seres mais rudimentares aos seres mais elaborados, dos plebeus aos reis, tudo se desenvolve da sua maneira a se tornar o melhor que pode ser, a viver as vivencias, os processos e as transformações como um vulcão prestes a lançar labaredas ferozes pra depois esfriar-se em terra produtiva, tudo se adapta e se transforma, tudo se desenvolve no melhor que pode ser.